sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mensagem da Semana

 ELE VIA TELEVISÃO




Perguntaram ao rapaz de 13 anos como ele era tão articulado e como tinha tantas respostas. Ele via televisão...Perguntaram se ele sabia das guerras na Ásia e no Oriente Médio, da mundialização, do petróleo, da crise de água e da crise de valores nas famílias. Sim, ele via televisão...

Perguntaram se ele sabia o que é bullying, tortura, violência, massacres, extermínios, tráfico de meninas, pedofilia, sexo, traição, AIDS, doença venérea, sedução, homossexualismo, homofobia, crime racial, preconceito, fanatismo. Sim, ele via televisão.

Ele tinha visto assaltos com reféns, acidente de trânsito, sangue na rua, um rapaz atirando no outro, brigas na boate, cenas de sexo, mulher seduzindo homem e homem seduzindo mulher, meninas seduzindo garotos, homem beijando homem, mulher beijando mulher, beijo de cinema no programa de auditório, corpos nus na madrugada e até em horário das oito.

Tinha visto bate boca , empurra-empurra, ódio nos olhos, mundo cão, programas que humilham os feios, os baixinhos, as mulheres, pegadinhas que ridicularizam a pessoa. Ele vira tudo!

Perguntaram, então, o que ele achava da televisão. E ele repetiu o que lhe dissera um professor. –“O veículo é bom, mas os dirigentes e condutores nem sempre pensam em quem está do outro lado. Uma criança ou um doido pode imitar aquilo que vê”...

Na semana seguinte um rapaz ensandecido e armado até aos dentes matou doze adolescentes na escola onde estudara e em seguida matou-se. Tornaram a perguntar ao garoto de 13 anos se ele achava a televisão culpada. Outra vez ele disse: -“A televisão, não, mas os programadores sabiam que muitas informações são mais do que informações: funcionam como sugestões”.

Perguntaram então como, sendo tão novo, ele adquirira estes critérios. E ele disse que tinha pai e mãe que dialogavam com ele, professor que levava a classe a pensar; e freqüentava a catequese da paróquia, onde lhe ensinavam a ver, julgar e agir, onde ressaltavam a virtude de discernir, distinguir entre o que é lixo inútil e lixo reciclável e o que é bom e então, escolher.

Provocadora veio a pergunta. –“E você escolhe certo?” E ele, com toda a honestidade:- “ Nem sempre. Tenho 13 anos e não virei santo. Mas os adultos que se dizem maduros e capazes de escolha poderiam por menos porcaria na televisão, porque nós adolescentes não somos de ferro!”...

Quem acha que isso não existe precisa ouvir mais os adolescentes e jovens de agora!...

Créditos: Site Oficial-Pe. Zezinho Scj

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