sábado, 25 de junho de 2011

RESPEITO, MINORIAS E MAIORIAS




O tema é candente e é de direitos humanos. Aplaudimos todas as iniciativas, se necessário também as coercitivas, contra o desrespeito à mulher, às crianças, aos negros, aos indígenas, aos homossexuais, aos judeus, aos muçulmanos e a todas as minorias; sobretudo contra palavras, piadas, notícias tendenciosas e gestos que criem preconceitos, conceitos deturpados, julgamentos precipitados, desinformação, mentira e violência contra qualquer pessoa ou grupo de pessoas.

Não é este o espírito da coisa? De fato, incomoda ver alguém ridicularizando um gay, um negro, um judeu, um muçulmano, um índio de maneira a inferiorizá-los. Indivíduos e grupos estão reagindo em nome do politicamente correto. E fazem bem em defender-se. Denúncias, só com os dados concretos na mão e nunca de maneira generalizada, como se todos os negros, todos os gays, todos os índios, todos os muçulmanos, ou todos os judeus agissem daquela forma.

Vejo, porém, que nós, declarados cristãos, católicos e evangélicos que somos maioria neste país, num percentual que beira os 90% não temos tido o mesmo tratamento. São freqüentes os artigos, as indiretas, as invectivas, as piadas, as insinuações contra o papa e os bispos, e até as diatribes em colunas de jornais e revistas contra nós, quando defendemos alguma posição antagônica a quem, -diga-se de passagem- defende as minorias.

Contra as minorias não pode, mas contra a maioria pode? Contra o Governo pode porque é governo e contra as minorias não, pode porque são minoria? Ou contra o Governo não pode, porque é governo, mas pode contra ONGs ou minorias incômodas? Contra as grandes religiões, que são maioria pode, mas não pode contra as minoritárias? Podem generalizar contra padres e pastores, mas não podem generalizar contra rabinos e aiatolás ou gays?

Estamos de acordo. Não se deve ridicularizar o Congresso, que é minoria forte, mas minoria. Fale-se do congressista que errou ou dos congressistas que erraram, mas não do Congresso. Fale-se de alguém da minoria que errou -e sem perder o respeito, apesar do seu erro-, mas não se inclua todos os do seu grupo.

As leis existem. Vejo que os que apóiam os nazistas ou os terroristas são punidos ou silenciados e que os articulistas são cuidadosos ao falar das minorias. E isto é correto. Mas não vejo o mesmo cuidado em algumas colunas de periódicos, nem em reportagens inflamadas contra a Igreja da qual faço parte ou contra os outros cristãos. Nesse caso parece que pode. Alguma Geni precisa sobrar para que possam jogar aquilo nela!

Preconceito, contra pequenos ou grandes continua preconceito. Reveja-se a prática. Como está, parece que atirar pedras contra os católicos, contra o Vaticano, contra os americanos, contra o Congresso, contra este ou aquele partido pode, mas contra os da lista dos intocáveis, não! Talvez fosse conveniente estampar uma lista nos metrôs e aeroportos, dizendo contra quem é proibido tecer críticas e até graves ofensas e contra quem é democraticamente permitido... Ao que tudo indica, a lista já existe e funciona no estilo “paulada nesses. pega leve com aqueles”...

Pe. Zezinho

Site Oficial: http://www.padrezezinhoscj.com/novosite/

Nenhum comentário:

Postar um comentário